segunda-feira, 30 de junho de 2008

Sangue !




Hoje acordei com seu gosto na minha boca..gosto quente de líquido viscoso, de sangue !
Sai procurando você, seu pescoço. quero seu gosto de sangue, líquido quente, viscoso !

Onde você está ?

Andei por ai, embriagada pela sua falta, querendo você, precisando de você !
Vasculhei cada canto, entrei em cada casa, revolvi cada lençol, é de você que preciso !

Onde você está ?

És a bebida que me acalma, a droga que me satisfaz, o fetiche que me atrai !
És o gozo eminente, o toque que sossega, a boca que me acende !

Onde vocês está ?

Não me controlo, te vejo em cada um, te perco em cada um, te busco em cada um !
Tira de mim este desejo, o transforma em fato, me toma, me bebe, me devora !

Me dá tua boca, toma meu desejo, faz dele fato
Me faz levitar, suga meu mel, faz dele seu sangue
Correndo nas veias, veloz, espesso,

Te achei, se prepara, estou chegando.......

Rastejo pelas ruas, varro com meu desejo cada canto por onde você passou
Sugo suas forças, sinto sua presença cada vez mais perto
Espreito por entre becos, vou lambendo sua presença,
Subo as escadas, lavo cada degrau com o suor que escorre do meu corpo
Estou à sua porta, estou dentro da sua casa
Vejo uma luz, no fim do corredor, a sigo como cão de caça, rastejo
Meus cabelos escorrem pelo corpo e já estou junto a você
Nos seus pés, nas suas pernas, no seu sexo
Subo pela sua barriga, sinto seu peito batendo, pulsando
Sua respiração acelera, sinto seu corpo pulsar, num ritmo único
Sente minha presença, sente o perigo e se deixa levar

Viro sua cabeça, exponho seu pescoço, você treme
- Não resista - será rápido, intenso............

Meus dentes pulam para o seu pescoço e sinto você dentro de mim
A cada pulso, cada gozo, cada sôfrego gemido !

Te tenho, pra sempre ......

doces mordidas

Um comentário:

Gustavo Martins disse...

hum... uma vampirinha nova na blogosfera. entre mais fundo nos minicontos perversos. pode ficar tranqüila que não tem cruzes, cabeças de alho ou luz por aquelas bandas.

E avise a gente sempre que houver mordidas novas no seu tempo.